segunda-feira, 12 de julho de 2010

Saudade.

Acordei com saudades de um tempo que ainda não chegou. Como isso é possível?
É como sentir saudades de alguém que você não conheceu, e nem sabe quem é. É como lembrar saudosamente de um momento que você não viveu, mas com certeza queria ter vivido, ou espera ainda viver.

Fato é, acordei com saudade de um tempo que (ainda!) não chegou. De me levantar e ir para o trabalho, aquele que sempre sonhei, onde faço algo que eu realmente gosto e que me dá um prazer incrível, não sei se ele me dá grandes retornos financeiros, por que essa informação não está inclusa na minha sensação de saudade.

Nessa nostalgia moro em uma cidade que é um mix de Rio de Janeiro e São Paulo, sim, com o melhor das duas cidades. As pessoas e as praias cariocas, por que é fato que o carioca é mais simpático e cativante. Já as praias... Ah, as praias, nem preciso dizer né... O clima, bem parecido com o carioca, mas um pouco mais ameno, com o inverno do paulistano, que faz com que não falte o charme das roupas de inverno que os cariocas quase nunca usam e os paulistas abusam. E que é delicioso de se ver e usar, por que calor o tempo todo também enjoa! Mas por favor, sem a garoa! Não gosto de chuva por mais de 1h. A atitude das pessoas também é paulistana. O trânsito flue bem, sem nenhum grande congestionamento que dure mais de 10 minutinhos. Essa minha cidade, eu sei, só em sonho mesmo. Hahaha
Mas o principal na minha saudade é a sensação de realização quanto a mim mesma, a saudade inclui uma grande satisfação e realização, profissional. Não sinto falta de nada material, o que me faz supor que tenho tudo que necessito. Um apartamento sem sofás, com muitas almofadas e um tapete bem confortavel, com muitos objetos que tem um valor muito mais sentimental que material que trazem à decoração um ar muito acolhedor, com muitas fotos espalhadas em porta-retratos pelas paredes, móveis, prateleiras, o que faz lembrar-me da casa dos meus pais, do meu quarto por lá. Lugar, aliás, que visito com muita freqüência. O quarto é bagunçado e confortável, com um colchão bem grande e macio, a cama não tem. Muitos travesseiros, pelo menos uns quatro. É tudo muito colorido! É bem iluminado também, entra muita luz solar. Vejo árvores da janela. Não vejo criança alguma, ainda, e por isso tenho a sensação de que falta algo, mas que não é por muito tempo. Logo, logo, não faltará mais.

Na minha saudade eu estou plenamente feliz!
Acho que essa saudade é uma manifestação da minha ânsia pelo futuro. Ânsia essa que não tenho conseguido conter. Que se manifesta em cada coisa que faço, em cada ato.

Mas, enquanto esse tempo não chega, eu continuo sentindo saudade dele.

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