terça-feira, 20 de julho de 2010

"Nada de ser mais ou menos
Eu sou sempre tudo que sou
Não sou de pegar sereno
Eu me molho na chuva de amor
(...)
É preciso viver pra saber separar
O que é que se pode dizer
Do que é preciso calar
O que é sempre comum
Do que nunca vai se misturar
(...)
Tem sempre a hora da gente ter aonde ir
Ou cair fora sem ninguém pedir
Quem sabe de si não demora
E só fica onde tem que ficar
Se eu tô aqui até agora é pq ninguém quis me levar
(...)
É preciso unir pra saber separar
O que se pode medir
Do que se deve pesar
O que é sempre o que é
Do que nunca vai se revelar"


(Aline Calixto)

domingo, 18 de julho de 2010

Foto: Ariane Schirm

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Me desculpe, mas no momento, não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu ... Receio que não possa me explicar, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma."

Alice no País das Maravilhas

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Saudade.

Acordei com saudades de um tempo que ainda não chegou. Como isso é possível?
É como sentir saudades de alguém que você não conheceu, e nem sabe quem é. É como lembrar saudosamente de um momento que você não viveu, mas com certeza queria ter vivido, ou espera ainda viver.

Fato é, acordei com saudade de um tempo que (ainda!) não chegou. De me levantar e ir para o trabalho, aquele que sempre sonhei, onde faço algo que eu realmente gosto e que me dá um prazer incrível, não sei se ele me dá grandes retornos financeiros, por que essa informação não está inclusa na minha sensação de saudade.

Nessa nostalgia moro em uma cidade que é um mix de Rio de Janeiro e São Paulo, sim, com o melhor das duas cidades. As pessoas e as praias cariocas, por que é fato que o carioca é mais simpático e cativante. Já as praias... Ah, as praias, nem preciso dizer né... O clima, bem parecido com o carioca, mas um pouco mais ameno, com o inverno do paulistano, que faz com que não falte o charme das roupas de inverno que os cariocas quase nunca usam e os paulistas abusam. E que é delicioso de se ver e usar, por que calor o tempo todo também enjoa! Mas por favor, sem a garoa! Não gosto de chuva por mais de 1h. A atitude das pessoas também é paulistana. O trânsito flue bem, sem nenhum grande congestionamento que dure mais de 10 minutinhos. Essa minha cidade, eu sei, só em sonho mesmo. Hahaha
Mas o principal na minha saudade é a sensação de realização quanto a mim mesma, a saudade inclui uma grande satisfação e realização, profissional. Não sinto falta de nada material, o que me faz supor que tenho tudo que necessito. Um apartamento sem sofás, com muitas almofadas e um tapete bem confortavel, com muitos objetos que tem um valor muito mais sentimental que material que trazem à decoração um ar muito acolhedor, com muitas fotos espalhadas em porta-retratos pelas paredes, móveis, prateleiras, o que faz lembrar-me da casa dos meus pais, do meu quarto por lá. Lugar, aliás, que visito com muita freqüência. O quarto é bagunçado e confortável, com um colchão bem grande e macio, a cama não tem. Muitos travesseiros, pelo menos uns quatro. É tudo muito colorido! É bem iluminado também, entra muita luz solar. Vejo árvores da janela. Não vejo criança alguma, ainda, e por isso tenho a sensação de que falta algo, mas que não é por muito tempo. Logo, logo, não faltará mais.

Na minha saudade eu estou plenamente feliz!
Acho que essa saudade é uma manifestação da minha ânsia pelo futuro. Ânsia essa que não tenho conseguido conter. Que se manifesta em cada coisa que faço, em cada ato.

Mas, enquanto esse tempo não chega, eu continuo sentindo saudade dele.