Eu falo de amor à vida, Você de medo da morte.Eu falo da força do acaso E você de azar ou sorte.Eu ando num labirinto E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa, Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu olho pro infinito E você de óculos escuros. Eu digo: "Te amo!" E você só acredita quando eu juro. Eu lanço minha alma no espaço, Você pisa os pés na terra. Eu experimento o futuro E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu grito por liberdade, Você deixa a porta se fechar. Eu quero saber a verdade E você se preocupa em não se machucar. Eu corro todos os riscos, Você diz que não tem mais vontade. Eu me ofereço inteiro E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Foto: Ariane Schirm

Fotografados (VII)

Solte a imaginação! O que vc vê?

Fotografados (VI)

A bolha!

Voltando a falar de fotografia, estava eu manipulando algumas que fiz esses dias e me deparei com essa, um menininho soprando bolhas de sabão. Me sinto assim ultimamente, uma criança que ainda está descobrindo o que quer ser, como fazer. Cheia de perguntas sem respostas. Curiosa de nascimento!

Tem gestos que nos falam mais do que palavras!

Não é segredo para ninguém que eu gosto de fotografar e que apesar de gostar muito de escrever, trabalho melhor com a linguagem da imagem. Gosto da arte do olhar simplesmente pelo que cada gesto, cada cor, cada lugar pode transmitir de sentimento sem palavra alguma à quem a presencia. Particularmete gosto de fotografar gente e bicho, e até bicho-gente, pois é mais sublime a captação da emoção nesses casos. E sempre busco que minhas fotos tragam à tona n'aqueles que as olham um sentimento há muito bem guardado na alma, uma lembrança de criança, um cheiro, uma história particular. Que elas possam desperta sentimentos em cada interlocutor. Que possam acalentar alguns e inquietar outros. Mas que de alguma forma, seja ela qual for, te atinjam. Que você não seja perante elas somente um espectador.